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domingo, 2 de agosto de 2020

Clubes com História - Castrense


A história (resumida) do FC Castrense
O Castrense passou por 3 grandes períodos na sua vida.

1ª.Fase - 1922

No ano de 1922, um grupo de rapazes ,na sua maioria jovens, que na época estudavam em Beja, no Liceu Fialho de Almeida, quando vinham de férias, juntavam-se em grandes futeboladas nas eiras e no largo da feira, resolveram formar o grupo que viria a ser o primeiro Futebol Clube Castrense.
Jogavam uns contra os outros ou deslocavam-se a terras próximas, mas já então jogavam com equipamento e com bolas de couro
Depois,por circunstancias várias o clube extinguiu-se...!!!

2ª.Fase - 1936
Em 1936, um novo grupo de rapazes da época ,resolveu juntar-se e recuperar a prática da actividade desportiva.
O grande impulsionador dessa ideia foi Manuel Batista Ramos, então com 20 anos (nascido em 2-11-1919).
O Ramos, como era conhecido, era um "faz tudo" do grupo, neste segundo CASTRENSE, desde jogador a tesoureiro, e grande estratego na recriação do clube, andando de porta em porta dos lavradores com mais posses ,conseguindo não só que se associassem ,como também que contribuíssem com dinheiro para a instituição.
Os primeiros equipamentos deste Castrense eram constituídos por camisolas interiores tingidas de verde e calções de tarja. A primeira bola foi adquirida no Porto por 65 escudos.
O presidente era o José Pedro Valadas e o secretário Manuel Matias Palma.
Como a situação era difícil, rezam as crónicas "que o senhor Castelo, então Chefe das Finanças ,entregou 300 escudos que pertenciam ao primeiro Castrense de 1922", que foi extinto.
Dessa equipa distinguiu-se um jogador de grande habilidade, o JACINTO NEVES, que mais tarde viria a jogar no então poderoso LUSO DO BARREIRO.
E o Castrenese voltou a extingur-se

3ª-FASE - 1953 aos nossos dias.
Nos anos quarenta, existiam em Castro dois pequenos clubes: 
O ESPERANÇA - que marcou uma geração e onde confluiram alguns oriundos do segundo Castrense.
e O JUVENTUDE - Miúdos mais novos ,onde se destacava o Zé Ricardo , que acabaram por criar a terceira vida do FUTEBOL CLUBE CASTRENSE.
Foi alugada uma nova sede, na Rua D.Afonso I .
O Clube não se limitou a ter actividade desportiva, mas sim e também recreativa.
Pela sede passaram então muitos artistas da época, em espectáculos e bailes muito concorridos.

O clube recomeçou a sua terceira vida com jogos particulares, Zé Ricardo foi o primeiro treinador deste novo Castrense que mais, tarde, em 1964, se viria a sagrar campeão nacional da 2ª.divisão.
Nessa equipa havia jogadores de boa qualidade como o veloz HELDER COELHO, o REINALDO e outros que muito contribuíram para a vitória que tanto orgulhou a Vila no seu todo

sábado, 23 de agosto de 2014

Breve História do FC Serpa


Antes da fundação
Antes da fundação do Futebol Clube de Serpa, muitos foram os grupos e equipas que existiram mas, a maioria delas, por escassos períodos de tempo.

Segundo registos o primeiro agrupamento a lançar a modalidade em Serpa, tinha o nome de "Estrela Futebol Clube Serpense", criado no ano de 1921. Este grupo parece ter dado origem ao aparecimento de um outro, designado por "Gatos Amarelos", seguindo-se depois um outro como nome de "Estrela Gato".

Tempos mais tarde estes dois agrupamentos fundiram-se, surgindo, então, "Os Gatos Futebol Clube Serpense". Depois formaram-se outros grupos como o "Vitória Futebol Clube", que logo no primeiro jogo disputado com os "Gatos", por ocasião das Festas de S. Pedro, conseguiu uma vitória por 2-1.

Outros Clubes existiram ainda em Serpa, tais como "O Serpa", o "União", o "Luzitano", o "Operário", o "Comércio e Industria", "Os Pretos", a "Académica", "Os Encarnados", "Os Azuis" e, até um que se chamava "Ou Vai ou Racha".

Entre 1927 e 1931, a actividade desportiva do futebol foi-se diluindo até que, um grupo de rapazes entre os 14 e os 17 anos que, nas eiras próximas da Vila davam largas ao seu entusiasmo pela modalidade, fizeram surgir "O Luso", que mais tarde passou a designar-se por "Luso União Serpense".

Na época de 1934/35, este agrupamento empenhou-se em trazer a Serpa o V. Setúbal para um encontro amigável. Após algumas dificuldades com trocas de correspondência, o jogo realizou-se com enorme expectativa em todo o conselho, no campo junto à casa dos magistrados, devidamente preparado para o efeito e, o resultado, sem grande surpresa, foi a vitória do Setúbal por 17-2, sendo os golos do Luso Marcados por Manuel Lobo (capitão da equipa) e por Francisco Condeças (Ratinho).

Segundo os registos atrás referidos, o primeiro clube a disputar provas oficiais foi "Os Encarnados", equipa que tomou parte no Campeonato Distrital da II (2ª) Divisão, no qual se consagrou vencedor, trazendo para Serpa o primeiro troféu.

Compilação de registos de António Jacinto Afonso

Fundação do F.C. Serpa:
Fundado em 30 de Julho de 1945, o Futebol Clube de Serpa tem sido, um dos clubes mais representativos do Distrito de Beja, desde o primeiro título conquistado, o de campeão Distrital em 1947/48, até ao último, novamente o campeonato maior da A.F. Beja, conseguido na época 2005/06.

O ponto mais alto da história do clube aconteceu na época de 1956/57, quando conquistou o título de Campeão Nacional da 3ª Divisão, vencendo o Sport Vila Real por "2-0". Sob a arbitragem do Dr. Décio de Freitas, tendo como treinador o conceituado "Mister Fabian" e alinhando o seguinte "onze": - Garcia; Eduardo; Manuel Baião e Sardinha; Diamantino e Fidalgo; Picareta; Coureles, Teixeira da Silva, Célio e Manolo.

Tudo teve início, porém, por volta de 1953/54, quando uma importante figura da terra - João Diogo - assume a presidência do clube e, contratou alguns jogadores de elevado gabarito, na altura, levando o clube á conquista de êxitos jamais imaginados.

Na primeira época na 2ª Divisão Nacional, o clube da margem esquerda voltou a causar sensação uma vez que, com um lote de jogadores considerado acima da média para um segundo escalão do nosso futebol, conseguiu obter um excelente 4º lugar, totalmente inesperado para uma equipa estreante.

A segunda temporada na mesma 2ª Divisão, já foi bastante diferente, evitando a despromoção em confronto directo com os que pretendiam a subida. A última época do clube serpense na 2ª Divisão foi o final de um sonho ou de uma "bonita" aventura, quem sabe!

Na temporada que se seguiu surgiram, então, novas vontades e mercê de coragem de dois homens a quem o F.C. Serpa muito deve - António Afonso e António "Cigarrilha" - já desaparecidos, o clube ressurge e pouco a pouco, semeando para colher, volta a obter novos êxitos, descendo agora para subir depois, compensando com as alegrias dos triunfos de hoje, as possíveis e naturais tristezas de amanhã.

Noticia retirada daqui
Textos de António Delgado

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Breve História do Odemirense


O futebol, com as suas competentes regras, invenção Inglesa que revolucionou a prática e o espectáculo desportivo, chegou a Portugal, nos princípios do século XX.
Em 1914, foi criada a União Portuguesa de Futebol substituída em 1926 pela Federação Portuguesa de Futebol.

A implantação do futebol em Odemira, está ligada a uma família Inglesa, que na década de 1920 era proprietária de uma fábrica de cortiça que detinha uma grande parte da mão-de-obra existente na região.

Nesta época em que os Odemirenses gozavam de algum desafogo económico, fundou-se no dia 1 de Março de 1923 o Sport Clube Odemirense.

Em Fevereiro desse ano é registado nas contas do Clube o valor de 10$00, soma correspondente ao valor da entrada de sócios designados fundadores do Clube.

A lista ultrapassa 50 nomes, sendo encabeçada por Abel Falcão Ribeiro, Albino Simões Dinis, António Alves de Carvalho, António Augusto Almeida e António Dimas.

Os primeiros documentos do Clube começam a ser assinados por Fortunato dos Santos Silva , em representação da Direcção, entretanto eram aprovados os Estatutos da Colectividade.

Nas primeiras duas décadas de existência, o Clube desenvolveu essencialmente actividades lúdicas e recreativas e menos desportivas.

No ano de 1953 é criada a Comissão Desportiva, constituída por António Veloso, Daniel Coelho Camacho, João Vitorino, Carlos Costa, Raul Barros e José Teresinha.

No ano de 1957 intensificam-se as actividades e filia-se o Clube na Associação de Futebol de Beja.

Decide-se adquirir um novo equipamento de futebol com as seguintes condições: calção branco, camisola verde com faixa na diagonal a partir do ombro esquerdo e um emblema do Clube, bordado sobre a referida faixa branca, meias pretas com canhão verde e branco.

Surgem então, diversos êxitos desportivos, nos desafios de futebol e nas provas de ciclismo.

O futebol começa a conquistar os Odemirenses e, em 1958 disputa o 1º Torneio Concelhio, terminando o SCO na 3º posição.

O ciclismo continua a ser uma modalidade bastante acarinhada pelos Odemirenses. A 7 de Setembro o Clube participa numa corrida de bicicletas, com partida e chegada em Odemira, passando por S. Teotónio e S. Luís, participando 5 ciclistas. Armindo Soares foi o melhor classificado obtendo o 3º lugar.

No 2º  Torneio Concelhio de Futebol, organizado em conjunto com a Câmara Municipal de Odemira, o SCO conquistou o 2º lugar mas, ao contrário dos seus adversários, jogou sempre com o mesmo grupo de jogadores, apenas a prata da casa. 

Num dia de Maio chuvoso , do ano de 1960, o SCO defrontou-se com as velhas guardas do Sporting Clube de Portugal, preparou-se para o efeito e, foi buscar o guarda redes do Portimonense, os internacionais Cabrita e Caldeira e, ainda, José António do Esperança de Lagos. O Odemirense ganhou a partida por 5 a 2.

Seguiu-se outro encontro particular, desta vez contra o Benfica, que trouxe a Odemira uma equipa bem mais nova que venceu o Odemirense por 3-2.

Na época de 1962/1963 o Odemirense conquista brilhantemente o seu 1º título oficial, o Campeonato Distrital da 2ª Divisão da Associação de Futebol de Beja.

Foi num ambiente de alguma instabilidade financeira , que o Clube conquista o 2º título de Futebol, na época de 73/74, sagrando-se campeão da 1ª Divisão Distrital e por conseguinte subiu ao Nacional da 3ª Divisão onde permaneceu por duas épocas desportivas, 74/75 e 75/76.

Nesta época os prémios de jogo variavam consoante os resultados, 400$00 nas vitórias fora de casa, em casa 200$00, empates fora 200$00 em casa 100$00.

Surge nesta altura, a secção de tiro, uma iniciativa de Manuel Guerreiro Cortes  e Guilherme Aurélio Rebocho que também aparecia ligado a esta Comissão.

O Odemirense, sagra-se campeão Distrital da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Beja, na época de 77/78. Conseguindo a dobradinha vencendo a taça Distrital.

Na temporada seguinte esteve de novo entre os Clubes do Nacional onde não se aguentou mais de uma temporada.

Surge então, nesta altura, a secção de pesca do Clube, dirigida por Manuel Pedro, José Correia, José Nicolau e pelo Dr Bernardino.

Na década de 80 é-lhe atribuída a condição de Colectividade de Utilidade Pública.

Dezassete anos depois a equipa voltou a marcar presença no Nacional, foi na época desportiva de 95/96, que a formação treinada por Francisco Fernandes voltou a integar a série F do Campeonato da 3ª Divisão.

Os resultados desportivos não foram os melhores, caindo a equipa para a 2ª Divisão Distrital, em consequência de uma fase do Clube de alguma indefinição.

Neste Campeonato o Odemirense venceu todos os jogos da sua série e conseguiu subir à I Divisão Distrital.

O futebol é, sem dúvida, a actividade mais desenvolvida no Clube tendo, actualmente, todos os escalões de formação em competição.

Tem uma equipa de futebol feminino que, embora não participe em nenhuma competição oficial, participa com frequência, em encontros particulares e vários torneios.

Os resultados obtidos nas últimas épocas, têm sido favoráveis ao Odemirense, tendo conquistado os seguintes títulos:

-  Época de 2004/2005  Campeão Distrital de escolas;

-  Época de 2005/2006  Campeão Distrital de Juvenis;

-  Época de 2006/2007 Campeão Distrital de Infantis e participação no Nacional de Juvenis;

-  Época de 2007/2008 Campeão Distrital de Juvenis e 2º classificado na Taça de Juniores;

-  Época de 2008/2009 Campeão Distrital de Iniciados e Vencedor da Taça de Juniores; 2º lugar no Campeonato Distrital de Juniores e 3º lugar no Campeonato Distrital de Escolas.

- Época 2009/2010 Campeão Distrital de Seniores e Finalista da Taça do Distrito; 8º Lugar no Campeonato Nacional de Iniciados;

Na época de 20010/2011 a equipa de seniores irá participar no Campeonato Nacional da 3ª Divisão Série F e a equipa de iniciados irá participar no Campeonato Nacional série F, defrontando, entre outros, os históricos Vitória de Setúbal e Olhanense.

O actual Presidente do Sport Clube Odemirense é o senhor António Cópio.

O Sport Clube Odemirense tem a sua sede na rua Fortunato Simões dos Santos nº 12, 7630-164 Odemira.
tel/fax:283322338

Noticia retirada daqui

quinta-feira, 10 de julho de 2014

História do Despertar de Beja

O Despertar Sporting Clube nasceu da fusão do “Libertário” e do “Infantil”, operada em 24 de Junho de 1920. Estes dois grupos, ambos sem sede, eram constituídos por rapazes dos 13 aos 15 anos, quase todos operários. Reuniam-se, de tarde e de noite, junto a um candeeiro de iluminação pública (a petróleo) que existia na hoje Rua Fialho de Almeida, defronte de uma casa popularmente conhecida pela estalagem da “Bárbara Meneses”.
Nas suas constantes e entusiásticas trocas de impressões, chegaram à conclusão que a fusão dos dois grupos possibilitaria a criação de um clube com recursos suficientes para desenvolver a prática do desporto, em especial o futebol, no meio operário e, simultaneamente, abrir mais largas perspectivas à vida desportiva da cidade.
Decidiram-se por isso pela fusão, adoptando para a nova colectividade um nome –“DESPERTAR”- que era bastante significativo quanto às intenções dos promotores da iniciativa. O resto do título do clube e a escolha do emblema obedeceram a um “ARRANJO DIPLOMÁTICO”.... É que os fundadores estavam divididos quanto às suas simpatias pelo Benfica e pelo Sporting Clube de Portugal, colectividades que nessa altura já se impunham grandemente às predilecções dos desportistas da Província...
Tornou-se por isso necessário contentar uns e outros para que, logo de início, não surgissem descontentamentos e dissidências. A solução foi introduzir a
palavra “Sporting” no nome completo do clube e encimar o emblema por duas asas de águia, a marcar a homenagem ao “Benfica”.... Anos depois, a águia completa foi adoptada oficialmente como adorno do emblema.
A escolha das cores do equipamento tornou-se muito mais fácil, sendo feita por unanimidade: adoptaram-se o encarnado e preto, as cores representativas da cidade.
Como, porém, eram também essas as cores do “Luso”, foi preciso dar ás camisolas um dispositivo diferente (aos quartos encarnados e pretos) e escolher o branco para os calções. O pior é que não havia dinheiro para a compra do equipamento, que só foi adquirido no segundo ano da existência do clube e mesmo assim á custa de cada um dos jogadores.
Nos primeiros treinos e jogos foram utilizadas vulgares camisolas interiores, brancas.
O actual modelo de camisolas, ás listas verticais vermelhas e negras, só foi adoptado em 1933.
Um ano após a fundação do clube, um grupo de jogadores mais influentes convidou para as funções de presidente ( lugar que não existia até então) Manuel Gonçalves Peladinho, que recentemente regressara de Lisboa. O convite foi aceite mas como era regra do clube só ter sócios jogadores, Manuel Peladinho teve que praticar o futebol de verdade, inscrevendo-se como jogador de 2ª categoria.
Apesar de o clube não ter sede, conseguiu dar-lhe uma apreciável organização e um nítido progresso, tornando-o numa agremiação de características
essencialmente populares.
Só em 1924, quatro anos após a sua fundação, o clube conseguiu uma sede. Uma antiga vacaria, situada próximo ao edifício “Montepio” e no local hoje ocupado pela nova Rua Frei Amador Arrais. Eram umas instalações precárias e a sua modéstia granjeou-lhe a designação popular de «Pêga Azul». Apesar disso o «Despertar» nela se manteve por muito tempo, abandonando-a quando a construção da citada Rua obrigou á demolição dos prédios ali existentes. Em 16 de Junho reuniu pela primeira vez a Assembleia Geral.
Ao longo dos seus noventa anos, além do futebol, passaram pelo clube várias modalidades, nomeadamente:
Ciclismo, Hóquei em patins, Atletismo, Voleibol, Natação, Basquetebol, Secção Cultural, etc.
Actualmente, além do futebol, com 9 equipas de formação e cerca de 50 alunos de pré-escolas, existem as Secções de Campismo, Xadrez, Cultural e BTT.
Assim e no seu todo o Despertar Sporting Clube, movimenta actualmente mais de 250 atletas, razão pela qual lhe foi concedido o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.

Noticia retirada daqui

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Breve História do Moura A.C.


O Moura Atlético Clube é uma colectividade com escopo associativo ligado às várias áreas do Desporto, integrando em zona periférica e deprimida, as dificuldades acrescem à permanência e ao pundonor dos associados, dos adeptos e da comunidade que gradualmente tem dilatado a sua dimensão. É produto de gerações que anónima e apagadamente trabalham em prol de um ideal, sacrificando as próprias vidas, famílias e património pessoal. É o bem comum de todos os que se lhe têm dedicado e servido desinteressadamente de valores materiais.

O voluntariado, a formação, a persistência, o alfobre dos atletas que diariamente se mantêm em actividade, dão alimento vivo ao espírito desportivo como testemunho e símbolo do seu ideal, por todo o país vão definhando as vontades, mirrando os valores e desaparecendo colectividades, enquanto o Moura Atlético Clube ainda se mantém fiel às raízes e ao espírito dos seus fundadores.

Não há melhor testemunho para o desempenho positivo do Atlético ao longo da sua história mais recente do que a temporada de 2010/11, que acabou por ser de sonho a todos os níveis para o nosso querido clube, especialmente no patamar desportivo onde houve uma boa prestação, com natural destaque para a conquista do Campeonato Regional de Infantis e a subida de divisão do plantel sénior para Campeonato Nacional da II Divisão, Zona Sul.

Presentemente o Clube contribui para a actividade e formação de aproximadamente 400 atletas amadores, o que acaba por ser um número bem eloquente, especialmente se tivermos em conta que estamos inseridos num concelho envelhecido, vítima do abandono e da desertificação.

O futebol, em Moura, surge em 1912, aparecendo o primeiro clube a sério em 1922, com o nome de "Moura Futebol Clube". No mesmo ano aparece o "Sport 9 de Abril" e um ano mais tarde são criados mais dois clubes designados de "5 de Outubro Futebol Clube" e "Luso Sport Clube". O crescente interesse pelo futebol na localidade de Moura, levou à criação da Federação de Futebol Mourense em 1924, para dirigir e organizar os jogos locais, antecipando-se inclusivamente à própria Associação de Futebol de Beja, que apenas seria criada em 1925.

Em 1933, surge o Sport Lisboa e Moura, filial do Benfica e, logo em seguida o Sporting Clube Mourense, clube filiado no Sporting.

Com o propósito de aglutinar e reforçar o entusiasmo pelo futebol, no dia 17 de Janeiro de 1942 é fundado o Moura Atlético Clube.

Este foi o nome encontrado para ser o legítimo representante do desporto, em Moura. As cores escolhidas para os equipamentos e símbolos foram as da terra, ou seja, o amarelo e o preto, tendo o emblema como base o castelo.

Em 1949, o clube passa a disputar a II Divisão Nacional, com brilhantismo e passou a sofrer as crises típicas e comuns a clubes regionais, de que se salientam as dos anos 1955, 1965, 1976, 1979 e 1984. O clube sagra-se campeão distrital de futebol, nas épocas de 1946/47, 1958/59, 1965/66, 1969/70, 1972/73, 1974/75, 1984/85 e 2002/03, contabilizando o Moura Atlético Clube, vários campeonatos distritais nos escalões mais jovens.

No capítulo da formação, o Moura Atlético Clube mantém uma efectiva exigência no âmbito social e cívico, com a prestação de provas, nos domínios da cultura geral e de comportamento, visando a componente da formação humana, tendo-lhe sido conferido o estatuto de pessoa colectiva de utilidade pública, pelo Primeiro Ministro, em 25 de Agosto de 1977 (DE. II Série, Nº 190, de 9 de Agosto).

O clube dispõe, nesta altura, para além do futebol, de uma secção de Andebol e Atletismo, contando na sua globalidade com cerca de 300 atletas, praticantes efectivos das várias modalidades, aumentando o seu prestígio, que se confunde com o da terra, que representa parte de um Distrito esquecido e martirizado, mas que resiste, saudavelmente, a valores e princípios imutáveis e dignos.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Breve História do Piense ...


O Piense SC que hoje conhecemos, é o resultado do contributo de muita gente, uns mais anónimos que outros e remonta ao início dos anos 40, quando em 1941, a seguir ao ciclone, um grupo de 15 rapazes à volta dos 17 anos tiveram a ideia de fundar um clube de futebol, a que deram o nome de Encarnados FC. A primeira renda da sede que se situava junto à Torre do Relógio, custava já 25$00 por mês!!! Era composta de 2 divisões com uma única porta e o mobiliário eram caixotes de peixe e de sabão, a iluminação eram dois candeeiros a petróleo e a animação era feita com um gramofone antigo. 

O seu primeiro presidente foi o Sr. José Ramires, por ser o mais velho e com “ar de mais duro”. Por essa altura, fundaram-se mais 2 clubes na povoação: “Os Unidos” e os “Fatalistas”. Os Encarnados equipavam à Benfica, os Unidos à Sporting e os Fatalistas, como hoje é o Piense, de preto e branco, com riscas verticais. Com a extinção dos Unidos e dos Fatalistas, todos os bons “craques” foram para os Encarnados.

O Clube jogou em alguns campos de futebol em vários locais na povoação, por ordem cronológica: o Baldio, a Zorreira, o Curral das Silvas e o Campo das Laranjeiras. O Piense foi então em 1943 integrado na Sociedade 5 de Outubro e foi com os Estatutos desta sociedade que se inscreveu na Associação de Futebol de Beja, tendo a sua inscrição sido aceite em 16 de Fevereiro de 1944, data adoptada oficialmente como tendo sido a de fundação do Clube. O Piense S. C. participou na década de 40 em importantes competições, por exemplo, no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão e disputava taças com clubes vizinhos, nomeadamente com o Atlético Clube de Brinches (presentemente inactivo), com o qual existiam grandes rivalidades.

Foi na Década de 60 que o clube esteve inactivo, até que, no princípio dos anos 70, um novo grupo de entusiastas resolveram abrir novamente as portas do clube, o reincreveram na AFB para disputar os campeonatos e o transformaram numa legal pessoa colectiva, sendo aprovados novos estatutos. A data oficializada como a de refundação do clube foi então a de 1 de Novembro de 1971. Desde aí, quase ininterruptamente, tem marcado presença nos campeonatos distritais de futebol, tendo atingido o apogeu da sua história ao ter sido Campeão Distrital de Futebol em Séniores na Época de 1986/1987, tendo permanecido dois anos na 3.ª Divisão Nacional.

Neste momento e graças a protocolos firmados com a Câmara Municipal de Serpa, é possível o Piense usufruir de um Parque Desportivo como há poucos no distrito de Beja, com 2 campos: 1 relvado e 1 novo campo pelado de apoio, poli-desportivo com bancada e corte de ténis, além da bancada principal encadeirada e com pala. Orgulhosamente, todos os Pienses reconhecem que podem usufruir para si, seus filhos e netos de infra-estruturas acima da média, para um clube a militar nos distritais. 

Há cerca de 4 anos, foi também possível o Piense possuir uma sede digna, com a cedência, também em protocolo, da antiga cantina escolar, entretanto desactivada como tal. Nesta altura, as principais preocupações são a formação, a estabilidade e organização administrativa e financeira, com vista à obtenção de alegrias futuras aos nossos associados e simpatizantes.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Historial do clube G.D.C. Mombeja

O Grupo Desportivo e Cultural Mombeja nasceu da vontade de um grupo de jovens da aldeia de Mombeja que gostando de praticar futebol se resolveram organizar de forma a constituir um clube que lhe permitisse entrar num campeonato. Isto aconteceu no ano de 1993 e depois de todos os pormenores tratados foi constituído oficialmente por escritura realizada no dia 5 de Abril de 1993. Uma das curiosidades deste Grupo era que inicialmente os directores eram simultaneamente jogadores.

Depois de criado o Grupo Desportivo e Cultural Mombeja decidiu-se que a equipa de futebol participaria no Campeonato Distrital de Futebol 11 do INATEL e desde a época 1993/1994 até à presente época tem participado regularmente neste campeonato. Para além disto o Grupo Desportivo e Cultural Mombeja tem participado em diversos torneios quer como convidado quer como organizador.

Em 2005, devido à vontade de um grupo de sócios que praticavam BTT e que pretendiam faze-lo de uma forma organizada, foi criada uma Secção de BTT no Grupo Desportivo e Cultural Mombeja. Desde então essa Secção tem participado em diversos passeios BTT e organiza anualmente o seu próprio passeio BTT “Pelos Trilhos de Mombeja”.

O Grupo Desportivo e Cultural Mombeja, que quando iniciou a sua actividade nem campo de futebol tinha (na primeira época em que participou no campeonato teve de trocar a ordem dos jogos por não ter campo de futebol) possui neste momento o seu próprio campo de futebol vedado e iluminado, balneários, um casão, uma pequena Sede e uma carrinha de nove lugares, tudo isto foi conseguido à custa de muito trabalho voluntário, para além de subsídios de várias entidades e protocolos assinados.

Neste tempo que leva de actividade o Grupo Desportivo e Cultural Mombeja tem colaborado na organização de diversos eventos que tem acontecido em Mombeja, em conjunto quer com a Junta de Freguesia de Mombeja, quer com as outras Associações da freguesia, tanto de forma activa como através da cedência das suas instalações.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Historial do SC Mineiro Aljustrelense

O Sport Clube Mineiro Aljustrelense (SCMA) foi fundado no ano de 1933. A maior colectividade do Concelho de Aljustrel esteve desde sempre ligada à principal actividade económica da região, as minas. As oscilações na vida do clube, os momentos mais positivos e os menos positivos, coincidiram também com as oscilações no mercado mineiro.

Importa assim, num momento em que a exploração mineira atravessa uma fase pouco positiva, que o SCMA diversifique a sua base de apoio, mantendo, obviamente, a ligação histórica à mina, mas procurando simultaneamente reforçar ou criar novos apoios e parcerias (poder local, empresas, colectividades e pessoas a título individual) que se orgulhem de associar o seu nome ao “Projecto Mineiro” proposto pela presente direcção.

A actual direcção do mineiro, num misto de experiência e juventude, é composta por 70% de ex-atletas do clube. Os parâmetros de escolha que nortearam a formação desta equipa multidisciplinar foram: a competência, a vontade, o entusiasmo, a motivação e principalmente o gosto por assumir responsabilidades e desafios.

O SCMA conta hoje em dia com 750 sócios e perto de 300 atletas, distribuídos por 3 secções: Futebol (seniores, juniores, juvenis, iniciados, infantis e escolas), Hóquei em Patins (seniores, iniciados, infantis e escolas) e Patinagem Artística. Nestes números está patente a importância do SCMA como colectividade mobilizadora da comunidade, principalmente junto das crianças e jovens do nosso Concelho.

Importa referir que ao nível de infra-estruturas desportivas o concelho de Aljustrel se encontra no top nacional e muito bem classificado a nível europeu, tendo em conta a relação m2/habitante. Existem, portanto, em Aljustrel excelentes condições para a prática desportiva (estádio e campos de futebol, piscinas, ginásio, courts de ténis, etc.) pelo que o clube está agradecido à autarquia pelo esforço realizado na construção das referidas infra-estruturas e posterior cedência de utilização ao SCMA.

Foi nos finais da década de vinte que um grupo de jovens, após disputados torneios populares de futebol, resolveram unir esforços e fundar um clube, o Sport Mineiro. Porém, só no dia 25 de Maio de 1933, uma Comissão composta por Manuel Marques, José da Silva Carvalho, Gregório Féria, António José Capeta, Manuel Eugénio, Manuel Martins Guedelha, José Francisco Felício, Custódio José Capeta, José Chaveiro Soares, António Gomes, Álvaro Ramires, António Eugénio, Dionísio Maurício, Francisco Periquito, António Angelino Camacho, José Alberto, António Patrício, Joaquim Zacarias, Manuel Barão Bola, José António Gato, e António da Luz aprovam os primeiros Estatutos e tratam de todo o processo de legalização.

Não havendo instalações na altura, esta Comissão juntava no “Café do Espanhol”, onde depois foi a Mercearia do Sr. Eduardo Pinto, no Largo Dr. Brito Camacho, onde, perante dificuldades faziam entre si algumas colectas no sentido de poderem comprar bolas, botas e equipamentos.

Vencidas inicialmente algumas dessas dificuldades alvitrou-se então a escolha das cores representativas do clube, e assim, numa dessas noites, juntos, perante algumas opiniões divergentes, foi o Sr. Custódio Alhinho, quem, e depois de ter apanhado do chão um livro de papel de mortalha da altura que continha as cores, avançando com essa proposta, sendo que ainda hoje perduram essas mesmas cores, o azul, o branco e o vermelho.

Entretanto após vários esforços, conseguiu-se arranjar instalações exíguas onde passou a funcionar a primeira sede do clube, que se situava na Rua de Santo António, e aí se realizavam bailes, a qual, na altura, se chamava “A Cabanita”.

Foi a partir de 1938 que se verificou a transferência para o actual local onde ainda actualmente funciona a Sede do Clube. Assim começou uma nova fase na vida do clube e a consequente implantação da prática do futebol pelo que se realizaram vários jogos particulares.

Deu-se então a II Guerra Mundial, que originou uma paragem da actividade da Mina entre os anos de 40 e 46, e com isso, o Clube sofreu as consequências desse flagelo originando uma situação de quase desmoronamento. Finda a Guerra e após um período de acalmia, eis que de novo ressurge a vitalidade dentro do Clube e novas iniciativas se põem em marcha. Foi então que a partir de 1947/48 surgiu a oportunidade do Mineiro poder participar em provas oficiais. Para isso beneficiou, em parte, da fusão em Beja do Luso com o União criando-se assim o actual Desportivo de Beja, dado que foram dispensados, de ambas as equipas, alguns jogadores naturais de Aljustrel, que passaram então a alinhar pelo Mineiro. Na verdade, reforçado com esses elementos já com uma certa experiência e Campeão, o que lhe deu assim, a possibilidade de disputar a 2.ª Divisão Nacional, durante 2 épocas, numa das quais até conseguiu liderar a Zona Sul até à 5.º jornada. Na altura o Jornal “Mundo Desportivo” deu grande relevo a esse facto e honras de primeira página.

Podemos dizer que o futebol dessa época, em que as equipas jogavam em sistemas diferentes dos de hoje, três defesas para cinco avançados, imperava acima de tudo a força sem que a técnica primorasse, e era jogado em sistemas muito pouco variados.

Mesmo assim formou-se uma equipa razoável para as pretensões do Mineiro, que se bateram galhardamente durante o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Naturalmente que as lacunas existentes – das mais variadas – falta de suplentes, fracas condições de trabalho, algumas lesões, etc., levaram então à inevitável descida de divisão. No entanto o puro amadorismo dos jogadores do Mineiro, briosos com inexcedível dedicação e amor à camisola, mesmo nas horas difíceis, souberam sempre, com hombridade, defender as cores do seu, NOSSO Clube.

Em 1950 aconteceu um facto dos mais relevantes na prática do futebol do nosso clube: o arranque do Futebol Juvenil. Aproveitou-se assim a implementação geográfica do campo de futebol, e uma vez que, estando inserido nos bairros mineiros, os filhos dos operários desfrutaram dessa oportunidade e deram assim os seus primeiros “pontapés”. Naturalmente que, com esses jovens, criou-se uma nova fase de trabalho, onde apareceram outras técnicas e outros sistemas de jogo. Alternava-se entre o ter e o não ter equipas jovens, e a existência desse trabalho culminou com a formação da melhor equipa de Juvenis na época de 70. Depois de vários êxitos em Campeonatos Distritais teve essa equipa de Juvenis a melhor participação no Campeonato Nacional, eliminando equipas de grande gabarito e chegando até às meias-finais onde acabou por ser eliminada pelo Sport Lisboa e Benfica.

Em certa medida, e em termos de conjunto, essa célebre equipa desmoronou-se motivada por vários aspectos, entre acidentes (alguns mortais) e ainda a saída de alguns jogadores para outros clubes de que em muito se ressentiu a equipa de seniores da altura. Para além de todas estas saídas de jogadores, houve muitos que preferiram ficar, não por não terem sido assediados mas, acabaram por ficar pelo orgulho que sentiam ao envergar a camisola do Mineiro.

Por todas estas situações, é prova evidente que o nosso Clube tem sido um autêntico “viveiro” de jogadores quantas vezes “pilares” de outras equipas. Por isso lembramos que, e ainda antes da saída deles, houve a grande equipa que no ano de 1976 conseguiu a melhor classificação de sempre, o 3.º lugar no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Série F.

Foi a partir de 1975 que os jovens deixaram de participar em provas oficiais, isto devido às poucas oportunidades que tinham quando tentavam ingressar na equipa sénior, uma vez que essa equipa sénior era extremamente competitiva e teve sete anos consecutivos a disputar a 3ª Divisão Nacional.

Mas, foi a partir de 1982 que foram relançadas de novo, as equipas jovens no clube, o que se espera, e se luta, para que continuem a trabalhar com vista ao fomento da modalidade no clube. Para isso há que ter em conta que é dos jovens que depende o futuro do nosso Clube, e o amanhã só será uma realidade se a nossa aposta e a nossa realidade for, em todas as circunstâncias, na iniciação e formação dos jovens à prática do desporto rei.

O aparecimento do hóquei patinado em Aljustrel remonta aos princípios dos anos 50, numa época em que a modalidade não estava muito desenvolvida. Nessa altura e beneficiando da existência de um ringue com boas condições, o nosso Clube adquiriu patins de recreio, que alugava, procurando incentivar os garotos à iniciação da patinagem aproveitando o entusiasmo de grande número deles.

Porém, nessa época, já havia equipas a praticar o Hóquei em Patins! Foram disputados vários jogos com algumas equipas, das quais recordamos, o Pax-Júlia e o Ateneu Comercial de Beja, frente à equipa do Colégio Filipa de Vilhena a Ass. Acad. Aljustrelense que integrava nomes como o de Armindo Peneque, José Pardal, Carlos Elvas, Edmundo Silva, Pestana, José Maria e outros o que deu grande incremento e relevo à modalidade, criando uma onda de interesse entre os aljustrelenses.

Houve ainda oportunidade, nessa época, de se assistir, em demonstração da modalidade, a grandes jogos de hóquei em Patins, entre equipas como a CUF e o Estremoz, que na altura formavam grandes conjuntos.

Na verdade e depois do desaparecimento do ringue, o entusiasmo criado à volta da patinagem veio a desmoronar-se e acabou mesmo por cair no esquecimento.

A partir de 1973, nova onda de entusiasmo, e com a construção de um novo ringue no Torito (de medidas reduzidas) iniciou-se uma nova faceta, a prática do Hóquei em Patins.

Apareceu assim a possibilidade de trabalho de iniciação à prática da modalidade com miúdos de idades compreendidas entre os cinco e os dez anos, numa tarefa e num movimento que viria a culminar com a criação da Secção de Patinagem do nosso Clube, onde com ardor e dedicação do seu iniciador e incentivador, Armindo Peneque, se propôs e empenhou nos ensinamentos da miudagem à prática do Hóquei em Patins.

Não foi trabalho fácil, todavia bem se pode orgulhar o nosso clube, de todo o seu esforço no fomento da patinagem no nosso Concelho, numa obra que iniciou, e atendendo aos poucos apoios recebidos, foi obtida uma consequente implantação da modalidade numa região que, ainda hoje, continua no esquecimento.

Para além das dificuldades encontradas, desde a iniciação da Patinagem em Aljustrel, o nosso Clube mantém a Secção de Patinagem, onde no Hóquei em Patins, com cerca de cinquenta praticantes, tem conseguido resultados de relevo o que, para além de vários títulos regionais, na época transacta chegou com todo o mérito à final do Campeonato Nacional na categoria de Juniores arrecadando assim o titulo de vice campeão nacional.

No entanto há ainda que contar com a Patinagem Artística, esta recentemente criada, que conta com uma centena de praticantes, entre rapazes e raparigas numa prova que a patinagem despertou um entusiasmo entre a juventude que cresce mais ano após ano.

Hoje, na verdade, com a utilização do novo ringue do Parque Desportivo Municipal, as condições de trabalho melhoraram, e cabe aqui realçar o estimulo que sentimos por parte da Comissão do Parque e ainda das facilidades concedidas pela Câmara Municipal que muito têm contribuído para que em Aljustrel a patinagem continue a ser uma realidade.

Iniciámos assim esta época com a presença, pela primeira vez, de uma equipa de seniores no Campeonato Nacional da II Divisão e o mesmo será dizer tratar-se do fruto de um trabalho de há já alguns anos atrás com todos estes jovens, culminando hoje com esta equipa que tão bons resultados tem conseguido na defesa das cores do nosso Mineiro.

Para além desta participação dos seniores devemos ainda salientar as presenças das nossas equipas de Iniciados e Juvenis nos respectivos Campeonatos Nacionais, demonstrando assim todo o nosso trabalho, que em muito tem contribuído para que o Hóquei em Patins continue a ser a modalidade de projecção dentro do nosso clube.

Podemos portanto dizer que hoje será difícil que a patinagem em Aljustrel, e concretamente dentro do nosso clube, venha a passar por um período de esquecimento igual aquele registado entre meados dos anos 50 até 1973. Na verdade julgamos que, da semente lançada desde então, os alicerces foram conseguidos e estamos certos que da obra realizada a continuidade é um facto.

Nesse sentido iremos incentivar as escolas de patinagem com vista à criação de novos atletas, e aqui – registe-se – recebemos já a ajuda da Direcção Geral dos Desportos (Delegação de Beja) através da sua Delegada que nos fez a oferta de alguns pares de patins como a poio ao nosso objectivo.

Temos assim a constatação de um facto importante que, para além de todas as dificuldades, o Mineiro continua com o seu trabalho na movimentação dos jovens à prática da patinagem, procurando dar-lhes as condições necessárias ao aproveitamento dos tempos livres, contribuindo para que, no futuro, a patinagem, em todas as suas disciplinas e escalões, seja a realidade a que nos propusemos e que todos os adeptos desejam e anseiam.

Têm sido 50 anos de dedicação a uma causa, em que, sucessivamente, ao longo dos tempos, vencendo dificuldades – as mais variadas – centenas de homens têm lutado pelo desporto, que praticando-o, quer apoiando-o no campo e na secretaria com carinho, com entusiasmo, com amor à camisola do Mineiro.

Diversas modalidades, centenas de jovens, colhendo os benefícios da actividade desportiva, numa vivência sadia, que juntando os homens, os leva ao convívio, à camaradagem, à união.

Foram muitos os campeonatos e taças que temos disputado neste meio século - muitas e vitórias e algumas derrotas, inúmeros praticantes que com talento, dedicação e coragem têm elevado o nome do Clube, e que a sua história sempre irá enaltecer.

Para além do Basquetebol e do Andebol, do Tito e do Atletismo, tem sido o Futebol o expoente máximo da nossa actividade - quantos dias de glória e outros tantos de sofrimento, quantas tarde de júbilo e outras de tristezas, mas sempre em frente!

Nos últimos anos tem sido no Hóquei em Patins que o Sport Mineiro tem brilhado a grande altura – imensos êxitos acumulados com coragem, talento e determinação e sempre com “amor à camisola”.

Entre a salvaguarda do prestígio, as disponibilidades do Clube e as realidades da vida do dia a dia, estará a solução de compromisso que teremos de tomar.

Com trabalho, esperança e com amigos – ontem as Mines d’Aljustrel, hoje as Pirites Alentejanas e a Câmara Municipal e, talvez amanhã, as entidades oficiais ligadas ao desporto – vamos continuar ruma ao futuro, com coragem, determinação e sempre com amor à camisola do Mineiro aljustrelense.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hóquei em Patins: Aljustrelense




S. C. Mineiro Aljustrelense
Secção de Patinagem
Apontamentos Cronológicos e Estatísticos sobre o Hóquei em Patins.
Equipa de Séniores - Finais da Década de 80
Equipa de Seniores - Finais da Década de 80






"Década de 50 - O aparecimento do Hóquei em Patins em Aljustrel remonta aos meados dos anos 50. Nesta altura o nosso Clube, embora não chegando a formar nenhuma equipa, esteve ligado à prática da modalidade alugando patins no ringue «O Ténis», procurando incentivar os garotos à iniciação da patinagem.
Formou-se uma equipa representativa do Colégio Filipa de Vilhena que disputou vários jogos com equipas regionais. Ainda nessa altura chegaram-se a realizar, em demonstração da modalidade, grandes encontros com equipas da 1ª Divisão, nomeadamente o Estremoz e a CUF. Com o desaparecimento do ringue o entusiasmo criado à volta do hóquei veio a perder-se acabando por cair no esquecimento."
É nesta época que aparece como jogador o Armindo Peneque, tendo-se iniciado na modalidade nos Açores, e que mais tarde viria a ser o grande impulsionador e entusiasta da implantação do hóquei em Aljustrel.
Armindo Peneque - Fundador da Secção de Patinagem.Época 73/74 - A partir de 1973, com a construção doringue do Torito renasce, desta vez com bons alicerces, o hóquei em patins em Aljustrel. Cria-se então a Secção de Patinagem do S.C.M.A., onde com o ardor e dedicação do seu iniciador e incentivador, Armindo Peneque, se empenhou nos ensinamentos da prática de patinagem à miudagem, fazendo-se desde então um trabalho a sério. Apesar das condições precárias das instalações, ringue de dimensões reduzidas e sem balneários, o hóquei do «Mineiro» não deixa de atingir um nível supreendente, o qual com o advento do 25 de Abril ganha nova onda de entusiasmo.
Época 75/76 -  Fundação da Associacção de Patinagem do Alentejo e Algarvecom a participação do S.C.M.A como sócio fundador.
Época de 76/77 - Participação do Mineiro nas primeiras provas oficiais a nível regional com 2 equipas - Iniciados e Júniores.
Época de 78/79 - Vencedor dos Campeonatos Regionais de Infantis e Iniciados. Participação pela 1ª vez no Campeonato nacional de Júniores.
Época de 79/80 - As equipas de Iniciados e Juniores ganham os respectivos campeonatos regionais. A equipa de Júniores participam novamente no campeonato nacional.
No decorrer desta época passa-se a dispor de instalações com boas condições para a prática da modalidade, com a inauguração no dia 25 de Abril de 1980 do Parque Desportivo Municipal, tendo como adversários o Desportivo de Beja, o Dramático de Cascais e o G.D. Quimigal.



Embora pareça não é a Revolução Francesa! Final do Campeonato Nacional de Júniores - 1981/82 - Aljustrelense vs. Carvalhosa 
 Claque Juventude Mineira na Final do Campeonato Nacional de Júniores, em 1981/82,  Aljustrelense vs. Carvalhosa




Época 82/83 - As equipas de iniciados, Juniores e Séniores vencem os respectivos Campeonatos Regionais. A equipa de Júniores fica em 4º lugar no Campeonato Nacional - Zona Sul. A equipa Sénior vence a sua série no Campeonato Nacional da 2ª Divisão e é eliminada pela equipa profissional de Cascais no acesso à 1ª Divisão.
Época 84/85 - A equipa de Séniores vence Torneio de Abertura. As equipas de Infantis, Iniciados e Júniores vencem os campeonatos regionais.
A equipa de Júniores fica em 4º lugar no campeonato Nacional - Zona Sul.
A equipa de Séniores obtem o 3º lugar da sua série no Campeonato Nacional da 2ª Divisão.
Nesta época disputou-se um número recorde de jogos: 113.
Época 85/86 - As equipas de Juniores e Seniores vencem os Campeonatos Regionais.
A equipa de Seniores obtem [mais uma vez] o 3º lugar da sua série no Campeonato Nacional da 2ª Divisão.
Época em Curso [na altura: 86/87] - Seis equipas em competição, o que acontece pela primeira vez nesta Associacção: Promoção, Infantis, Iniciados, Juvenis, Júniores e Séniores.
A equipa de Promoção é virtual vencedora do Campeonato que está a disputar. A equipa de Juvenis venceu o Campeonato Regional e a equipa deSéniores venceu o Torneio Aberto, encontrando-se neste momento em 2º lugar no Campeonato Nacional da 2ªDivisão (Série F).
As equipas de Infantis, Iniciados e Júniores encontram-se a disputar os respectivos Campeonatos Regionais.
Encontram-se inscritos na Federação e Associação 70 altletas e temos mais cerca de 20 crianças na iniciação da patinagem, número que normalmente duplica com a chegada da Primavera.
Séniores da época de 85/86 - A equipa de Hóquei em Patins do SCM Aljustrelense 
Séniores da época de 85/86 - A equipa de Hóquei em Patins do SCM Aljustrelense.

Texto retirado do «Diário do Alentejo» - ano de 1987

Gregório Coelho - Guarda-Redes do Aljustrel que tem defendido as nossas Redes na equipa Principal.Hoquista de Aljustrel
Campeão Europeu
[Novembro 1987]
"No Campeonato Europeu de Hóquei em Patins na categoria de Juvenis, recentemente disputado em Itália, as balizas portuguesas foram defendidas porGregória Coelho atleta que até ao final da época passada representou o Sport Club Mineiro Aljustrelense, tendo iniciado esta época ao serviço do Sport Lisboa e Benfica."
"Sabemos através da Comunicação Social que as actuações do jovem do Aljustrelense foram decisivas para a obtenção da vitória final, proeza que a selecção consegue pela terceira vez consecutiva."
"Parabéns ao nosso conterrâneo e que a sua carreira prossiga repleta de êxitos."





Texto retirado do «Diário do Alentejo» - ano de 1987

http://aljustrelense.no.sapo.pt/historia/passado-distante.htm